terça-feira, 17 de julho de 2007

Calma, Bianca!


Paciência. Achei por um bom tempo da minha vida que conseguia cultivar isso. Achei que, por conseguir lecionar, sem enlouquecer com as repetidas explicações e a permanência das interrogações nos rostos dos alunos, eu era a rainha da paciência. Quer saber? Enxergo que foi tudo um grande engano. Acredito hoje que o sentimento que eu nutria, na verdade, era o gosto pelo desafio. Sou viciada em dificuldade. Não importava quantas vezes eu tivesse que explicar, o que interessava era o teste: de quantas maneiras diferentes eu era capaz de explicar o mesmo assunto. Hoje, vejo que persisto pelo vício do desafio e sofro por ter que ser paciente. A ansiedade, uma broca que trabalha silenciosamente dentro de mim, consegue quase que extirpar a pouca capacidade que tenho para esperar. Não é fácil ficar numa fila. Não é fácil encarar uma sala de espera. Não é fácil ficar em stand by. Não é fácil ter que aguardar uma decisão. Não é fácil saber que o tempo é o melhor remédio.

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