segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Descoberta: Summer Camp

Sabe aqueles dias em que você tem tempo de verdade para pesquisar e descobrir coisas legais na Internet? Pois é... Eu quase nunca consigo ter isso, mas hoje, entre um momento de ócio e outro, descobri a banda Summer Camp, composta pelo casal Elizabeth Sankey e Jeremy Warmsley. O estilo de música deles é indie pop e me fez curtir uma nostalgiazinha da década de 80. Na primeira semana de novembro, o Summer Camp lançou seu primeiro álbum: "Welcome to Condale", graças ao financiamento dos fãs via Pledgemusic

Bom, me amarrei na música Better Off Without You e quis dividir o "achado" com vocês. Espero que gostem!



Better Off Without You

Stop callin' me late at night
To talk about what's wrong
I don't care anymore
You waved that right so long
it's so annoying when you whine
You were always wasting my time
I used to care and want you back
But now I think you're going off track
And if you said you're never comin' back
I'd be so happy, I'd be so happy
I'd last the whole night long

I'm better off without you
We both know that it's true
I'm better off without you
Stop calling me, you gotta stop callin'
Stop calling me, oh gotta stop

Talking to all my friends
They told me when we split
They didn't ever like you
Now they've lost all sympathy
It's so embarrassing when you cry
You were always spreading these lies
I used to miss you all the time
But now I think you're not so fine
And if you said you'd never waste my time
I'd be so happy, I'd be so happy
I'd last the whole night long

I'm better off without you
We both know that it's true
I'm better off without you
There is no need, there is no need,
There is no need

He doesn't want you, can't you see?
He doesn't love, why won't you listen to me?
He doesn't want you, can't you see?
He doesn't want, why won't you listen to me?

I'm better off without you
We both know that it's true
I'm better off without you
Stop calling me, you gotta stop callin'
Stop calling me, you gotta stop callin'
Stop calling me, you gotta stop! 

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O Quase Fim de uma Bela Amizade

Ela passaria pela cidade por apenas um dia, mas decidiu que estava na hora de revê-lo. Afinal, os dois sempre foram tão próximos, sempre conversaram sobre seus problemas, sentimentos. Tinham gostos parecidos e pareciam ser menos amigos do que sempre se consideraram. Ela decidiu enviar uma mensagem, meio de comunicação comumente utilizado por eles. A resposta foi imediata e positiva; ela só tinha que dizer a hora e o local.

...

21h30. Pontual, lá estava ele, com aquele sorriso cheio de dentes, nas roupas que habitam o seu estilo não-estou-nem-aí-pro-que-dizem-de-mim. Ela também retribuiu o sorriso e se vestiu, mais uma vez, tão bem e tão sem esforço. O abraço com 8 anos acumulados de saudade parecia não ter fim. Decidiram o passeio e partiram.

...

"Nossa, nem parece que a gente está distante há tanto tempo!"
"Sim! É incrível imaginar que estamos sempre em contato por email, rede social, mensagens de telefone. Nós nem nos telefonamos."
Silêncio breve.
"Bom, mas há quanto tempo mesmo a gente não se vê, não se encontra fisicamente?"
"É... A última vez... A última vez foi quando a Tati comemorou o aniversário dela naquele boteco bacana... E a gente esticou na casa da Alê! É isso! Bom, isso aconteceu há... há... 8 anos..."
Ele engoliu a saliva mais seca dos últimos tempos. Ela não sabia como continuar a contar os detalhes do último encontro. Aliás, ela nem precisava: ele já se lembrava muito bem.
Silêncio longo, quebrado pelo garçom que, providencialmente perguntou se eles gostariam de pedir mais alguma coisa.
"Eu já estou satisfeito, obrigada! E você?"
"Eu também! Acho que a gente já pode pedir a conta, né?"
(Puxa... Eu não queria ir agora... E ela já quer a conta... Idiota! Quem mandou dizer que está satisfeito?! Muito burro!)
(Ele já deve estar cansado. Aliás, acho que ele deve estar é numa saia justa sem fim! Burra! Porque você tinha que dar tantos detalhes do último encontro??? Bastava fazer as contas e ser direta! Idiota!!!)
"Aqui está conta."

...

(Já sei... Acho que posso sugerir uma caminhada! Será que ela topa?)
(Que saco... Eu não queria ir pro hotel agora!)
" E aí? Você quer pegar um táxi? Ou quer caminhar um pouquinho?"
"Caminhar? Claro! A gente pode passar naquela casa de sucos que fica no caminho!"
"Perfeito! Eu topo!"

...

A conversa parecia não se esgotar. Já haviam se passado mais de 7 horas.
(Eu preciso falar sobre aquele beijo que não aconteceu... Sobre aquele abraço esquisito... Ai... Mas como fazer isso? Como perguntar sobre isso? Ele pareceu tão incomodado com o assunto...)
(Cara, como é que eu vou falar pra ela que eu me arrependi de não ter ido atrás dela naquele aeroporto? Será que ela vai me aceitar? E se ela disser que foi melhor do jeito que foi? Como é que vai ser?)
Faltavam apenas uns 15 metros até a porta do hotel.
"Bom, não sei quando eu vou passar por aqui de novo. Sabe como é, né? Meu trabalho é uma loucura só..."
(Cara, eu preciso dizer alguma coisa pra ela, mas não seria justo... Ela tem alguém...)
"É, eu entendo... O meu também tem me deixado maluco!"
Silêncio breve. Salivas mais secas. Corações disparados e à distância.
(É agora ou nunca... Acho que vou me manter quieta. Melhor assim. Ele é meu amigo. E só.)
"A gente se vê não sei quando, mas vamos manter contato!"
"Claro que a gente vai manter contato! Cara, como foi bom ter encontrado você de novo!"
"Digo a mesma coisa! Você precisa me visitar!"
"Eu vou tentar! Eu juro! Vamos combinar isso direito!"
Despedida. Abraço longo. 
E continuaram amigos mais uma vez.

Do site "Picture Book" (http://picture-book.com/taxonomy/term/1926).
Ilustração de Roberta Baird.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Problema meu? Não! Problema nosso!

Antes de prosseguir com o post, gostaria de dizer que não sou feminista. Já manifestei isso aqui no blog, num outro post, mas é sempre bom repetir... Penso que radicalismo, de maneira geral, não é uma boa ideia. E, por isso também, não apoio o machismo e suas variações (entre outros vários motivos...).

Bom, cá estou eu curtindo minhas merecidas férias, de volta à minha origem fluminense! Comecei minha peregrinação no Rio e segui para Volta Redonda, minha cidade natal, onde não pisava há 7 meses. Para aqueles que não sabem, VR é uma cidade localizada no sul do Estado do Rio de Janeiro, conhecida como a Cidade do Aço, graças à instalação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). VR tem cerca de 400 mil habitantes e funciona como pólo de estudo, trabalho e diversão. Entre uma conversa e outra sobre as muitas questões mais polêmicas que habitam o espaço entre o céu e a terra, escutei a seguinte colocação feita por uma integrante do sexo feminino: "(...) mas, Bianca, as tarefas domésticas são, de certa forma, de responsabilidade da mulher."


Pára tudo.  o.O

Do site http://www.jan-leasure.com/spring-cleaning-tips.


Ouvir aquela colocação me deixou tão irritada, que acho até que perdi um pouco a linha na hora... Primeiro, isso coloca no lixo todos os anos de luta do Movimento Feminista, que buscou (e ainda busca) a igualdade de direitos para homens e mulheres. Não sou (tão) inocente para afirmar aqui que as mulheres já competem em pé de igualdade com os homens no mercado de trabalho, nem que elas recebam salários compatíveis com as mesmas horas trabalhadas por eles. Também sei que, ainda hoje, as mulheres são discriminadas em certas profissões simplesmente por não serem do sexo masculino. Mas não podemos mais continuar pactuando com a ideia de que tudo o que se refira à limpeza e à organização de um lar seja de responsabilidade exclusiva das mulheres.

Do site http://o5.com/daily-weekly-and-monthly-cleaning-checklists-for-every-room.


Além disso, foi impossível não parar pra pensar na minha condição: casada, dividindo espaço com um ser humano do sexo masculino, os dois trabalhando para sustentar a casa. O que faz de mim a única responsável por organizar o ambiente onde vivemos? O que faz de mim a única pessoa escolhida para se importar com a limpeza da casa que habitamos? Hein? Hein? 


Se existem duas (ou mais) pessoas morando no mesmo espaço, por que é que o elemento do sexo feminino é quem deve se preocupar com a limpeza e a organização? Os homens são imunes à sujeira e à desorganização? A falta de limpeza e organização somente faz mal à saúde das mulheres? Os homens são, por um acaso, incapazes de reconhecer as melhorias que podem ser implementadas numa casa? Tenho certeza que não.


Então, por que ainda ouvimos esse tipo de colocação?


Do site http://www.bgrservice.com/services.


Na minha opinião, ainda existem muitos machistas por aí, homens e mulheres. Sim, mulheres. O pensamento machista afeta os dois grupos. Um sustenta o posicionamento do outro: para mulheres que aceitam a responsabilidade das tarefas domésticas, há homens dispostos a não se responsabilizarem por elas. Uma atitude alimenta a outra.


E será que este tipo de pensamento se esgotará um dia? Não sei. Só sei que EU não serei responsável por passá-lo adiante. Ever!