quinta-feira, 22 de novembro de 2007

"I'd like a safety net, please."

A insegurança é uma disritmia, um defeito no marca-passo. Uma contra-dança, um tropeço no afã de acertar o passo. É um não-estar por medo do que está por estar. É um freio que impede o desenrolar natural das coisas. A insegurança bloqueia, traz angústia. Povoa o pensamento com idéias tantas vezes absurdas. Cria um universo paralelo. E não te permite habitá-lo. É um exagerar na farinha ou esquecer-se do fermento. Estar inseguro é estar prestes a sair correndo, é fugir antes que apareça o ladrão. Estar inseguro é não se bastar. E será possível bastar-se? As pessoas não serão sempre legais com você; isto é um fato. Mas não dá pra correr do fato de que, de certa forma, somos sempre um pouco escravos do que as mesmas pessoas-nem-sempre-legais pensam e sentem em relação a gente... E volta a disritmia.

3 comentários:

  1. Eu nunca tinha pensado desta forma, mas afinal: se tiver uma "safety net" lá embaixo por nós, será que ainda assim não continuaríamos sentindo a insegurança de sempre enquanto nos balançamos no trapézio?
    Acho que existe um frio na barriga que nunca nos deixa, ou talvez sejamos nós que nunca o deixamos...

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  2. A 'safety net' tá lá, mas a gente não sabe se ela tá bem amarrada...
    It sucks...

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  3. Hmmm... é verdade.
    It really sucks, honey...

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