Mais uma noite na rua. Mais uma noite aprendendo cada vez mais nas ruas de Brasília. Mais uma vez bebendo e conversando e ouvindo coisas interessantes que me fazem pensar... Lá estava eu bebendo frisante num bar muito cult com amigos; de assunto em assunto, chegou-se ao planejamento de Brasília. Um dos ocupantes da mesa explicou que Lúcio Costa, ao planejar a cidade, tinha em mente a criação de quadras que funcionariam como pequenas vilas, onde os moradores encontrariam tudo de que necessitassem à distância de uma curta caminhada. Lúcio imaginava que cada quadra teria escola, comércio local e diversão e que as pessoas precisassem de seus carros apenas para ir ao trabalho. Simples assim. Gargalhei. Gargalhei aquela gargalhada que aqueles que me conhecem sabem bem. Essa é uma excelente piada! Pobre Lúcio! Tão ingênuo! De onde quer que ele esteja nesse momento, deve estar profundamente decepcionado com os desvios do seu planejamento, com o rumo que o Plano Piloto tomou, com a necessidade extremada de um carro para fazer praticamente tudo nesta cidade.
Bem, esse papo regado a frisante me fez pensar sobre planejamentos... Passamos tanto tempo planejando, pensando e repensando, traçando planos e estratégias para, no fim das contas, percebermos que a vida simplesmente acontece. Enquanto gastamos nossos chips cerebrais com o árduo planejamento de nossas vidas, elas estão correndo, fluindo, escapando do aprisionamento que tentamos construir. Na verdade, a dinâmica da vida é difícil de ser cercada, retesada, freada, acelerada... Ela simplesmente acontece no seu tempo e a seu modo. Acredito que seja mais saudável desejar. Os desejos são guias, iluminam a caminhada, mas não impedem o movimento natural das coisas. Eles permitem as mudanças súbitas de rumo ou a parada total; permanecem lá e servem de inspiração. Inspirados pelos desejos, realizamos mais e ficamos menos frustrados, porque não estamos fechados num esquema que tem que dar certo. Desejando, não adiamos o viver, aproveitamos cada dia. Concluindo, deixo aqui um trecho de Luiz Fernando Veríssimo: ‘Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu’.
Bem, esse papo regado a frisante me fez pensar sobre planejamentos... Passamos tanto tempo planejando, pensando e repensando, traçando planos e estratégias para, no fim das contas, percebermos que a vida simplesmente acontece. Enquanto gastamos nossos chips cerebrais com o árduo planejamento de nossas vidas, elas estão correndo, fluindo, escapando do aprisionamento que tentamos construir. Na verdade, a dinâmica da vida é difícil de ser cercada, retesada, freada, acelerada... Ela simplesmente acontece no seu tempo e a seu modo. Acredito que seja mais saudável desejar. Os desejos são guias, iluminam a caminhada, mas não impedem o movimento natural das coisas. Eles permitem as mudanças súbitas de rumo ou a parada total; permanecem lá e servem de inspiração. Inspirados pelos desejos, realizamos mais e ficamos menos frustrados, porque não estamos fechados num esquema que tem que dar certo. Desejando, não adiamos o viver, aproveitamos cada dia. Concluindo, deixo aqui um trecho de Luiz Fernando Veríssimo: ‘Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu’.

P.S.: Nesta foto estou em mais uma jornada exploratória no mundo das bebidas alcoólicas... Esse é o trifásico... Três vezes eficiente. Hic! Hic!